segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Em 2010...

No próximo ano, o clássico "Alice no País das Maravilhas" chega ao cinema pela mão do genial Tim Burton.
O camaleónico Johnny Depp faz parte das personagens...

"Retrato de Tim Burton enquanto surrealista pop" aqui.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Editora Bubok publica 450 livros online nos primeiros cinco meses em Portugal" (Jornal I)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Biblioterapia

Em Londres, no dia em que faliu o Lehman Brothers, nasceu a The School of Life.
"Tem um serviço de consultas médicas de biblioterapia, nas quais o paciente leva para casa uma prescrição de livros apropriados à sua maleita espiritual" (jornal I)

Trata-se de uma consulta fora do normal. "As médicas são uma escritora e uma licenciada em Literatura Inglesa, os doentes falam do tipo de livros de que pensam que precisam e também das suas vidas banais e no final a prescrição de dez livros para animar a alma é enviada para casa por email no belo formato de receita".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Isabel Allende


















"Por que escrevo? Porque estou cheia de histórias que pedem para ser contadas, porque as palavras me sufocam, porque gosto e necessito, porque, se não escrevo, seca-se-me a alma e morro."
Essa é afinal a essência de um escritor.

Estranhamente, o primeiro livro que li de Isabel Allende foi "Filha da Fortuna" e fiquei completamente rendida à forma como escreve. Conta a história do personagem com a fluidez de quem recorda tempos áureos e imediatamente transporta-nos para o meio da acção. Descreve acontecimentos como quem renova lembranças, sem pressa de revelar tudo e, com pormenores, vai aguçando a nossa curiosidade.
ADOREI o livro e o bichinho ficou, pedindo mais histórias.
E foi quando resolvi conhecer a história de Aurora del Valle. A sua infância intermitente. A sua insistência em desvendar alguns dos mistérios que envolvem os primeiros anos da sua vida. Os fantasmas que sempre a visitam durante a noite.
Assim ficamos a conhecer a portentosa e ambiciosa avó, Paulina del Valle, que acolhe Aurora, que cresce num ambiente privilegiado para o tempo.
Aurora desenvolve um interesse precoce pela fotografia e é com puro deleite que absorvemos cada imagem, cada um dos sábios enunciados de Juan Ribero, o seu mestre. Amanda Lowell, a única que a levou a sério, dizia-lhe: «Uma boa fotografia conta uma história, revela um lugar, um acontecimento, um estado de espírito, é mais poderosa que páginas e páginas de escrita».

Em "Retrato a Sépia" recordamos alguns dos personagens de "Filha da Fortuna", onde a própria escritora se deixa envolver por um misto de escrita entre o histórico e a ficção, entre a memória e os segredos de família, a sua família.
Uma história que se debatia por ver a luz do dia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Platero e Eu

Um livro pequeno, feito de pequenos episódios ocorridos com um burro e o seu dono, na Espanha do início do séc. XX.
Escrito por Juan Ramón Jiménez (1881-1958), Nobel da Literatura em 1956, é um livro bucólico. Quase lembra Sancho Pança e o seu espírito pachorrento.
Publicado em 1914, trata-se de um “memorável livro em prosa poética, com elementos autobiográficos. Porque poemas em prosa são os capítulos que o compõem: prosa musical impregnada de ternura e beleza”.
Ler “Platero e Eu” é como estar debaixo de uma árvore a deliciar-nos com a brisa da tarde num dia quente de verão…


O próximo livro?
Hummm... não sei.
"Caim" já está na prateleira. A polémica sobre o livro não me dá nem retira vontade de o ler. Mas não sei se é o que me apetece ler neste momento.
De alguma forma, Marginália, passaste-me algo da tua paixão por romances históricos... e há ali um sobre Henrique VIII, a Inglaterra do séc XVI, numa altura em que se encontra dividida "entre os que são fiéis à Igreja Católica e aqueles que são leais ao rei e à nova Igreja Inglesa"... depois da tua conhecida Ana Bolena ter perdido a cabeça.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Há livros que nos caem nas mãos e percebemos de imediato para quem são.

domingo, 1 de novembro de 2009

As palavras de Lobo Antunes

António Lobo Antunes é para mim um escritor desconhecido.
Nunca li nenhum livro dele. Só alguns textos que publica em jornais e revistas. Aprecio alguns, noutros não consigo "entrar".
Já folheei romances dele, mas também não consegui "entrar". Lobo Antunes é para mim o que Saramago é para outros leitores. Mas gosto de muitos dos títulos que dá às suas obras: têm qualquer coisa de poético.
No entanto, as suas entrevistas têm algo que me seduz. Não sei se é aquele tom pausado, aquele aspecto de homem vestido de tristeza, metido "numa bolha de tristeza" (como refere a certa altura a propósito de doentes com quem contactava enquanto ele mesmo estava doente, no Hospital Santa Maria), a forma crua como fala, aquelas frases de uma simplicidade e beleza desconcertantes que atira para cima da mesa...

Aqui a entrevista que deu à Judite Sousa há algumas semanas.

Como há frases de Lobo Antunes que me deixam extasiado, cito duas desta entrevista:
- "As pessoas são como arco-íris. Nós nunca nos entendemos nas sete cores, mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom".
- "Espero que de certo modo tenha conseguido conservar a virgindade do olhar. Se consegui isso já não é mau."