quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Sétimo Papiro

Tudo começa quando Duraid Al Simmu e Royan descobrem no túmulo da rainha Lostris uma série de papiros deixados por Taita, o seu escravo pessoal. Os papiros são o seu último tributo, o seu legado além-túmulo e parecem ser uma espécie de diário.

Ao decifrarem cada um deles, rapidamente descobrem que o sétimo papiro poderá conter a chave de um segredo com cerca de quatro mil anos. Nele, Taita, relata o funeral do faraó Mamose e regista a grandiosidade dos tesouros que o acompanham na sua viagem para o além. Duraid Al Simmu e Royan estão certos de que, decifrando os enigmas de Taita, ser-lhes-á revelada a localização exata do túmulo do Faraó Mamose.

Mas, ainda antes do papiro estar completamente decifrado, Duraid é brutalmente assassinado e os cadernos, todas as suas notas e o papiro desaparecem. Royan consegue escapar e sofre mais uma tentativa para acabarem com a sua vida. Parece haver alguém obstinado e disposto a tudo para localizar o tesouro.

Depois das cerimónias fúnebres, Royan resolve regressar a Inglaterra para cumprir a promessa que fizera a Duraid antes de ele morrer. Sem perder tempo, procura Nicholas Quenton-Harper, um aristocrata e eminente colecionador de antiguidades (não pode ser verdadeiramente chamado de arqueólogo) e desafia-o a partir rumo à Etiópia em busca do túmulo perdido do Faraó Mamose. Quenton-Harper não pensa duas vezes. Além de que esta poderá ser a oportunidade que esperava para sair do buraco financeiro em que se encontra, a ideia de poder vir a viver mais uma grande aventura é mais forte do que qualquer outra.

Nicholas prepara tudo como se fosse caçar para as terras altas da Etiópia e conduz-nos pelas estradas quentes, paisagens e margens do Nilo ao longo de vários quilómetros que é como quem diz páginas. As buscas começam e são vários os indícios de que Taita terá estado ali milhares de anos antes, procurando o lugar ideal para a construção da última morada do Faraó.

Visitam um mosteiro por altura das festas e descobrem que aquele poderá ser o túmulo de Tanus ou do próprio faraó Mamose, uma vez que Royan acredita que Taita trocou as múmias, prestando uma última homenagem ao seu querido amigo. Numa incursão noturna ao mosteiro, descobrem o testamento de Taita. Decifradas as charadas que contém, estarão mais próximos de descobrir o túmulo.

Decidem regressar a Londres e preparar-se para o começo das escavações antes do período das chuvas, mas os seus inimigos conspiram nas sombras e são impedidos de voltar à Etiópia como turistas. Este pequeno revés não os impede contudo de regressar. Estão demasiado perto de conseguir descobrir a última morada do Faraó Mamose e todos os seus tesouros...
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Exímio contador de histórias, Wilbur Smith coloca-nos no centro de mais uma intriga, recheada de suspense, numa aventura passada no Antigo Egipto onde Taita é protagonista e é quem, mais uma vez, dita as regras.

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