segunda-feira, 11 de março de 2013

Orgulho e Preconceito



Esta é uma história de amores, desamores, diferença vincada de classes, viagens pelo campo, propriedades, cartas que justificam, mortificam, rumores, encontros e desencontros.
Uma história com voltas e reviravoltas de prender o leitor desde a primeira página!
 Não posso contudo dizer que seja fácil ler Jane Austen, esta não nos deixa esquecer que escreveu este romance no séc. XVIII.

As palavras «orgulho» e «preconceito» semeadas ao longo de todo o livro servem de bitola a todas as nossas personagens, mas é Elizabeth e Darcy quem nos mostram o sentido das mesmas e a profundidade com que podem ser utilizadas para ferir alguém.

Tal como no filme, a história começa com a vinda de Mr. Bingley a Netherfield, um jovem bem-parecido que chega acompanhado da irmã, Caroline Bingley e de um amigo, Mr. Darcy.
Enquanto Bingley, de génio fácil é bem recebido no seio da comunidade rural, Darcy mantem uma postura mais distante e desconfiada, que todos interpretam como orgulho do alto da sua posição social.
Bingley fica imediatamente rendido ao encanto de Jane Bennet, apesar das intromissões grosseiras e embaraçosas de Mrs. Bennet e da relutância da irmã em aceitar a posição social inferior de Jane. Enquanto isso, Elizabeth é rejeitada por Darcy, que parece não levar muito a sério a afronta. Este é o ponto onde começam os enganos e desenganos que alimentam a animosidade entre ambos.


Mr. Wickham muito contribui para isso ao dizer-se profundamente injustiçado às mãos de Darcy, alimentando o ódio que Elizabeth lhe dedica. A história evolui e outro personagem entra em cena - Mr. Collins, o primo que herdará Longbourn após a morte de Mr. Bennet, um clérigo pedante que goza da protecção de Lady Catherine de Bourgh e que vem escolher, entre as irmãs Bennet, uma esposa. Rejeitado por Elizabeth, acaba por propor casamento à sua amiga íntima, Charlotte Lucas, que aceita, convencida de que não terá outra oportunidade para casar, embora sem amor.

Inesperadamente Bingley retira-se para Londres, deixando Jane confusa e desapontada, o que a leva, a convite dos tios, a passar uma temporada longe do Hertfordshire.
E aqui começam as viagens pelo campo, propriedades e as cartas que justificam. E é através de uma dessas cartas que Elizabeth começa a mudar de opinião em relação a Darcy. Confusa admite a si mesma que talvez se possa ter enganado em relação ao seu carácter, tendo-se deixado levar por Wickham e suas impressões. Meses mais tarde surge a certeza, durante um passeio pelo Derbyshire, quando Elizabeth visita Pemberley, a casa de Darcy, com os tios. Os desenganos parecem desfeitos quando a caseira que o criou desde a infância, o descreve de forma absolutamente contraditória aquela que Elizabeth acalenta.


Chega entanto a carta que mortifica. Lydia foge com Wickham ameaçando arruinar a reputação da família Bennet, mas tudo é resolvido sem demora para que ambos casem. Enquanto visitam Longbourn, Lydia comenta a presença de Darcy no seu casamento e, surpresa, Elizabeth acaba por descobrir que este é o único e verdadeiro responsável pelo casamento e pela salvação da honra da família.

Darcy e Bingley regressam a Netherfield e este último propõe casamento a Jane. Imediatamente surgem rumores de que Darcy fará o mesmo a Elizabeth. Lady Catherine, alarmada, vai até Longbourn e confronta Elizabeth, acabando involuntariamente por unir os dois.
E vivem todos felizes para sempre, Jane e Bingley em Netherfield, mudando-se depois o Derbyshire, para ficarem mais perto de Elizabeth e Darcy em Pemberley.
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Passou uma semana desde que acabei o livro e não consigo deixar de pensar em todos os seus personagens, como se quisesse que a sua história não acabasse ali. Gostaria que ela pudesse continuar, saber o que é feito de cada um deles. E como irão ver, parece que alguém me fez a vontade….

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