terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

As Minas de Salomão



De volta aos clássicos, começo por apresentar a D. José da Silveira - português - e depois os seus descendentes que, além do nome, não herdaram mais do que o infortúnio de se terem aventurado em busca das famosas riquezas das minas do rei Salomão, não conseguindo outra riqueza além daquelas que povoavam os seus pensamentos, sugando-lhes a vida.
O último Silveira a tentar conseguiu, no entanto, antes de morrer, passar o seu legado, um segredo guardado de geração em geração, nada mais que um rabisco em forma de mapa, num farrapo gasto pelo tempo.

E aqui apresento-vos o invulgar Quartelmar, um caçador e aventureiro q.b., que tendo na sua posse o dito mapa, nunca acreditou na sua autenticidade para empreender uma busca por sua conta o que o tornaria rico. Mas tudo isto estaria prestes a mudar quando conhece o Barão Curtis, um aristocrata inglês e o seu amigo, o Capitão John, que lhe pedem ajuda para localizarem o irmão do Barão, que terá partido em busca das minas, assim dizem os relatos de quem o viu pela última vez.
Quartelmar aceita liderar a expedição em troca de parte do tesouro e, no caso de não voltar vivo, uma pensão para o filho. Firmado o acordo, prepara-se a viagem e com eles parte também Umbopa, um enigmático nativo que nada quer a não ser fazer parte do grupo como carregador.

Atravessar o deserto não se revela tarefa fácil e são muitos os momentos em que perdem a fé e questionam se o mapa será verdadeiro, mas a vontade é férrea e conseguem chegar ao oásis desenhado no mapa e depois ao sopé da cordilheira onde, numa caverna, encontram o cadáver de José Silvestre, o explorador português do séc. XVI que havia desenhado o mapa.
Animados por esta certeza, continuam a marcha e chegam a um vale deslumbrante onde são surpreendidos pelos Cacuanas. Fazendo-se passar por deuses conseguem evitar a morte certa e ser levados à presença do rei Tuala.  Através de Infandós ficam a conhecer a história da sua ascensão do trono, de como assassinara o seu próprio irmão Imotu para subir ao poder, condenando ao exílio o legítimo herdeiro - Ignosi. E, sem surpresa, ficamos a saber que Umbopa é afinal o herdeiro desaparecido que poderá livrá-los da tirania levada a cabo pelo usurpador. Desencadeia-se uma rebelião para derrubar Tuala que cai morto num duelo, às mãos do Barão.

Restituído o trono, os nossos amigos partem finalmente em busca das «pedras que reluzem» conduzidos pela repulsiva Gagula, a única capaz de levá-los ao tesouro mas que, traindo-os, os deixa presos dentro da montanha. Mas como já vem sendo hábito ao longo da história, a providência tem outros planos e conseguem descobrir uma saída e regressar de novo a Lu e ainda encontrar o irmão do Barão que estava preso havia dois anos num oásis, incapaz de se deslocar. A despedida é sentida e embora não tendo conseguido trazer as riquezas imensas de Salomão, voltam todos para Inglaterra com o suficiente para serem considerados homens ricos.

Uma história fantástica, de uma simplicidade marcante!

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